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Quarta, 27 Junho 2018 09:26

O Forte Príncipe da Beira completa 242 anos.

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Por determinação da Corôa portuguesa o  Governador da então Província de Mato Grosso Luis Albuquerque de Mello Pereira e Cárceres, em 20 de junho de 1776, lança a Pedra Fundamental de um monumento de magnitude ímpar em Rondônia localizado no município de Costa Marques. 

Nas sólidas terras à margem direita do Rio Guaporé, num perímetro que corresponde a um quadrado de 970 metros, no coração da Floresta Amazônica, é para se cumprir a ordem de D. José I,  Rei de Portugal. Se assim é, o Real Forte Príncipe da Beira dá seu ponta-pé inicial. 

Durante 7 longos e sofridos anos cerca de 200 operários especializados, centenas de índios e aproximadamente 1000 negros escravos, trabalharam duro a mercê das vicissitudes de uma inóspita região, onde doenças tropicais lhe era uma peculiaridade. Dentre tantas vidas ceifadas por malária neste percurso, hoje sem nome e sem cruzes, consta a do engenheiro Domingos Sambucetti, responsável até sua morte pela monumental construção. 

Construído para proteger estas paragens do poente da ganância dos países andinos pela comprovada existência do ouro nesta região  no século XVIII, o Real Forte Príncipe da Beira resiste às intempéries de 242 longos anos que completa hoje (20), ainda ostentando para a natureza, visitantes e a comunidade que lhe avizinha,  que um dia a força e o poder humano se fizeram ali presentes. 

Inaugurado,  ainda inacabado, no dia 31 de agosto de 1783, pelo Capitão engenheiro Ricardo Franco de Almeida Serra, um dos substitutos de Sambucetti, o Real Forte Príncipe da Beira apesar de nunca ter sido utilizado em combate, cumpriu o seu papel de consolidar a posse da coroa portuguesa sobre estes longínquos rincões do Brasil. 

Desfeita a ganância dos países andinos e dos colonizadores do Brasil pelo declínio do ouro, o Forte perdeu seu valor estratégico e suas funções militares passando a funcionar como um grande presídio. Após a proclamação da República, por razões políticas e econômicas foi abandonado pelo governo em 1889. A mercê da floresta que dele tomou conta, permaneceu esquecido até 1914, quando foi reencontrado pelo Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon ao passar por estas partes fazendo levantamentos topográficos para a instalação da rede telegráfica. 

Em 1930 Rondon voltou e construiu ao lado do gigante, já em ruínas, as instalações do 1¤ Pelotão de Fuzileiros de Selva Destacado. Em função disso, se instalaram vários civis remanescentes de quilombolas que forma o atual Distrito do Forte Príncipe da Beira. 

Hoje (20),a exemplo de todos os anos o Pelotão de Fuzileiros de Selva Destacado se juntou à comunidade civil e às autoridades costamarquenses para comemorar o aniversário da Fortaleza, que apesar do seu estado arruinado, permanece vivo e altaneiro  na história e na lembrança de um povo que canta orgulhosamente "O TEU FORTE É A MARCA DE UM POVO QUE DE TI TEM ORGULHO PROFUNDO, COSTA MARQUES, PARAÍSO DO VALE, ONDE DEUS REUNIU AS BELEZAS DO MUNDO! " 

Por: Prof. Carlos Alberto

 

 

Fonte: Assessoria

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